terça-feira, 12 de junho de 2012

Não compartilho com... (um pouco de quase tudo)


1. Fashion victims: nem é preciso explicar que nem tudo o que está na moda fica bem em todas. E, por Deus, por que você precisa se vestir igual a todo mundo?

2. A ditadura "o que é caro é, obrigatoriamente, de qualidade". Ledíssimo engano. Da mesma forma, a ditadura do móvel ou objeto de design. Ok, a caneta Bic também é de design e todo mundo pode comprar.

3. Orgulho da própria ignorância, tipo "não leio, não tenho estudo e olhe aonde eu cheguei".

4. Quem ama dizer "Eu lido é com milhões". Como indagaria, ingenuamente, Natália Klein: "Significa...?!". Não sei, não sou a doutora Frida para decifrar as motivações psicológicas de quem pronuncia a asnice. Em mim, produz o mesmo efeito da frase: "Eu conto os tostões". 

5. Mentiras. Acreditem: mentir vicia, fica aquela coisa "todo dia, toda hora". É assim como tomar Coca-Cola o dia inteiro: acontece naturalmente, e você sempre encontra justificativa. Ressalva: mentirinhas sociais não são exatamente mentiras, são só uma maneira gentil de deixar as pessoas mais felizes, tipo "seu cabelo ficou ótimo", enquanto você se pergunta se o cabeleireiro estava chapado ou  sofre de Parkinson. Coisinha inocente, sabe?

6. A combinação branco e vermelho em fachadas de casas (ou lojas). Sei lá, não me convence.

7. Orgulho da madeira. Não, não é uma atitude comum aos ambientalistas. Traduza por "O meu armário de pinho-de-riga". 

8. Quem trata mal as outras pessoas, principalmente empregados ou outros prestadores de serviço. A motivação psicológica só pode ser esta: "Deixa eu ferir você, que nunca me fez mal, só para aliviar meus recalques". É coisa de gente descompensada.

9. Intelectualóides. Acredite: sempre vai ter alguém que sabe muito, muito mais que você. Estudou na Sorbonne? Deixe essa informação no currículo lattes e só a mencione quando alguém indagar onde você fez seus estudos.

10. Mau-caratismo. Incluindo o mau-caratismo situacional, tipo "eu tenho caráter, desde que não me sinta ameaçado no meu patrimônio, na minha carreira, na minha vida familiar etc". Pior ainda que o mau-caratismo assumido.

11. Quem escancara sua vida sexual. Seja sincero, a informação de que Ana Hickmann odeia rapidinha muda alguma coisa na sua vida?

12. Panelinhas. Não, não aquela modalidade de refeição servida nos bares e restaurantes, mas a panelinha familiar, a panelinha das artes plásticas, a panelinha dos designers, a panelinha dos bem-nascidos, a panelinha musical, a panelinha literária, a panelinha intelectual... Enfim, os tipos de panelinha são infinitos, e esta atitude é extremamente limitadora: espiritualmente, profissionalmente, psicologicamente...

13. Discurso vazio. O importante, óbvio, são as atitudes. Como dizia o bardo (não me perguntem qual deles): "Palavra o vento leva".

14. Bares com televisão ligada o tempo todo e iluminação exagerada, aquela que chapa  na sua cara. Em princípio, você vai a um bar para relaxar. Alguns chegam ao cúmulo de ligar o som  e a tv ao mesmo tempo. Saio correndo. Ou melhor, nem entro.

15. Quem não é solidário. Ajudar os outros não deve ser visto como uma atitude bondosa, mas como algo que faz (ou que devia fazer) parte do ser humano. 

16. Lingerie estragada, descombinada, escrachada, sebosa...já pensou se você é atropelada ou tem um ataque cardíaco no meio da rua?

17. Móveis excessivamente brilhantes (camadas e mais camadas de verniz). Não seria melhor um espelho?

18. Quem desce do ônibus, ou do táxi, ou do avião, sem dizer "Obrigado" (Tô pagando!!!). É isso?!

19. Forrinhos e coberturas no botijão de gás, no liquidificador, em cima da televisão, do fogão, do criado-mudo, do armário, do micro-ondas. Fica meio muito, não?

20. A frase "ele é muito bacana, trata todo mundo igual". Redundância. As pessoas são iguais. Mesmo.

21. Preconceito. Quem tem passa recibo de ignorância, pois o preconceito só pode ser explicado por ela.

22. Relaxo. Capricho cabe em todo lugar. Não tem nada a ver com pobreza, com falta de instrução...

23. Futricas (bem diferente de comentar en passant). Tão viciante quanto mentir. Você precisa mesmo disso? Pior: homem futriqueiro, maldoso. Conselho do analista de Bagé: Vira homem, tchê!

24. Bege (só consigo pensar no pano de chão). Você acha chique? Tudo bem.

25. A voz  rouca e sexy que informa "no momento, ela pode atender" ou "deixe seu recado...". Sei lá, informação e entonação não combinam.

26. Da mesma forma, a música clássica do caminhão de gás. Por quê? Por quê? Por quê?

27. Reclamar demais. Deixe para quando estiver no ponto do ônibus, na fila do SUS, do INSS, do Detran e congêneres. Como você vai ficar muito tempo com pessoas desconhecidas, aproveite para desabafar.

28. Vulgaridade. Atualmente o limite entre o descontraído e o vulgar é muito tênue, mas preste atenção nos indicativos: unhas das mãos e dos pés enormes, pintadas de vermelho+colar+barriga à mostra+saia míni+maquiagem exagerada+cabelão+decotão+brincão+frente-única+salto alto+pulseiras+anéis+lingerie aparecendo (tudo junto),  falar muito alto em bares e restaurantes, colocar os pés na poltrona da frente (no cinema), andar gingando, rebolando, dançando...

29. Falta de modéstia. É muito eu, muito eu, muito eu...Ao menor escorregão, reza que passa. É sério.

30. Comigo mesma, quando, num dia bem ruim, fecho a cara e esqueço de cumprimentar ou agradecer. É uma atitude involuntária, mas péssima.



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