quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Roxo?!Roxo!!!




Roxo: cor de defunto. Nem sei de onde saiu isso, mas... esqueça! O roxo é sofisticado, expressivo, moderno, ousado. Em tudo, aliás. Uma bolsa roxa, uma jaqueta roxa, um muro, um sapato, uma porta, um sofá, um esmalte (podem até apontá-la em uma festa: quem? aquela ali, de esmalte roxo...). Huummm! Chique demais. E nem um pouco triste. Marcante, só isso. Use sem medo. E fique tranquila: ninguém vai achar sinônimo de depressão e morbidez. Apenas um porém: para usar, tem que ter uma personalidade mais...hã...exuberante, digamos. Seu nome é discrição absoluta? Melhor optar pelos tons pastéis, com apenas umazinha ou outrazinha pitada de cor.

Casa de Valentina (blog)

Casa Claudia

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Casa e Jardim

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DCasa

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domingo, 25 de dezembro de 2011

Dominique Perrault e a vida nas cidades

Dominique Perrault, pós-graduado em planejamento urbano e em história,  é autor de trabalhos como a Biblioteca Nacional da França (Prêmio Mies van der Rohe 1996) e a reestruturação de uma ala do Palácio de Versalhes, atualmente em desenvolvimento. Leia, abaixo, trechos da entrevista publicada na revista Arcoweb:
"O senhor mantém um laboratório de ideias no seu escritório. Qual o seu propósito?
O laboratório atua em dois eixos de investigação. Um relacionado a materiais, especificamente sobre os tecidos metálicos que desenvolvemos há 20 anos. Nesse ínterim, o produto se tornou bastante conhecido pelo mundo, aqui no Brasil vi vários exemplos de sua aplicação, mas o que continuamos a investigar são outros tipos de trama, o uso combinado com papel ou bambu, coisas desse tipo. Esse lado, então, é o de um ateliê de arte aplicada. O outro é o trabalho que incide sobre a metrópole, sobretudo sobre a questão da vida nas cidades de hoje. Nós nos interrogamos acerca do que é a vida na arquitetura contemporânea, no urbanismo, enfim, interessa-nos saber como podemos trabalhar com o conceito de vida nos nossos projetos. Pesquisamos aspectos como a felicidade e a infelicidade relacionados à vida nas metrópoles. É, acima de tudo, um trabalho de natureza intelectual.
(...)
Qual a origem desse tipo de pesquisa em sua trajetória?
Começou há muito tempo, de fato, mas não de uma forma estabelecida e organizada. A origem é o projeto da biblioteca [Nacional da França, em Paris], um projeto que manipula vida e espaços abertos em grande escala e que, aos poucos, foi se tornando um trabalho teórico, de reflexão sobre a arquitetura.
Esse tipo de relação entre a arquitetura e a vida nas cidades é o tema abordado no livro Metrópolis?
Sim, é uma parte dele. O que desenvolvemos em complemento foi a ideia de conceber um mapa da metrópole, que não é um mapa tradicional, político, administrativo, econômico ou social, mas que trata do território atual das metrópoles francesas. Efetivamente, é uma mistura de uma série de questões, como paisagem, arquitetura, sociedade, política, cultura e economia.
É esse também o objeto da exposição Metrópolis?, que participou da Bienal de Veneza e está sendo reprisada na bienal paulistana?
Exatamente. Pensando na questão da vida nas metrópoles, percebemos que há muito espaço livre nas cidades, muito mesmo. Cerca de 95% dos territórios é livre, há apenas aproximadamente 5% de espaços efetivamente edificados. São espaços abertos e frágeis, que podem ser destruídos com facilidade, porque não há como compreendê-los por meio de quaisquer indicadores de qualidade. São, resumidamente, espaços públicos.
Como, por exemplo, a relação que as esplanadas e a passarela de pedestres estabelecem entre a Biblioteca Nacional de Paris e o vizinho parque de Bercy?
Sim, há uma ligação bastante forte entre os espaços abertos e a arquitetura lá. Muitas pessoas utilizam a esplanada da biblioteca para seguir em direção a Bercy. Essa ligação já existia anteriormente, na época em que projetei a biblioteca, mas hoje ela acontece através de uma bela passarela.
Quais os eixos estruturantes desta exposição Metropólis?, que o senhor apresentou em São Paulo?
Foi uma exposição feita em parceria com o cineasta Richard Copans. Pedi a ele para filmar a vida nas cidades, e a ideia era ensaiar uma apresentação da metrópole como substância urbana, algo físico. Não me interessavam os aspectos gráficos, planos, esquemas, dados, tampouco a visão isolada da arquitetura como objeto. O que eu tinha em mente era retratar a transformação da cidade histórica, um processo que resulta da aparição de vida nessas cidades e também da coexistência com outros centros. A mistura e a simultaneidade de atores é que criam a substância de um novo território, uma nova geografia da vida contemporânea. Não se trata do tipo de relação simples, binária, entre uma cidade histórica e a periferia. Há também as ligações entre a cidade e a paisagem. O que quisemos mostrar, então, não só relacionado a Paris mas também a outras cidades, do norte, sul e de outras regiões, é que a metrópole é um novo tecido urbano, com novas qualidades de espaços urbanos, que precisamos descobrir ainda. O filme é uma espécie de passeio pela metrópole. Antigamente filmávamos a cidade histórica, mas, dessa vez, quisemos filmar a metrópole contemporânea.
Como se deu a escolha da locações?
Partimos dos locais do projeto Grande Paris, encomendado pelo presidente Nicolas Sarkozy. A partir dele, propusemos estender a questão da vida urbana para outras grandes cidades, como Paris, Marselha, Nantes e Bordeaux. A ideia foi relacionar as estratégias do Grande Paris com as das metrópoles regionais.
O que se passa atualmente com o projeto Grande Paris? Ele está sendo desenvolvido?
É um projeto muito complicado, principalmente por questões econômicas. São grandes as diferenças entre as cidades, Paris tem regiões pobres e outras muito ricas convivendo no mesmo território. E, além desse desequilíbrio econômico, há também diferenças políticas. Então, quem dirige o Grande Paris? É um projeto que vai demandar ações estruturais para que, aos poucos, se realizem mudanças políticas e econômicas. Enquanto isso, a ideia é focar na reflexão sobre o projeto urbano, imaginar a cidade e os arranjos de diversos territórios, que são a base do projeto. É o inverso de pensar a fragmentação do território e, então, destinar a cada arquiteto ou urbanista a tarefa de apresentar propostas para áreas específicas. Ao contrário, os arquitetos trabalham independentemente na elaboração de projetos pontuais e, a partir deles, nós criamos o mapa da Grande Paris. Para nós, arquitetos e urbanistas, é uma grande oportunidade de trabalho.
Nós nos interrogamos acerca do que é a vida na arquitetura contemporânea, no urbanismo, enfim, interessa-nos saber como podemos trabalhar com o conceito de vida nos nossos projetos. É, acima de tudo, um trabalho de natureza intelectual
E como foi a experiência de trabalhar como produtor de cinema?
É preciso ter dinheiro. Parte do nosso trabalho foi conseguir o financiamento do Ministério da Cultura e das Relações Estrangeiras, mas, no plano intelectual, o que ocorreu foi uma troca de ideias entre um arquiteto e um cineasta. Produtor é mais um título genérico, que trata dessa relação entre os dois profissionais.
O cinema é uma ferramenta criativa para você pensar a arquitetura?
Sim, é ótimo revelar a arquitetura através do cinema.
Sua pós-graduação em história ajuda, de alguma maneira, a compreender as cidades contemporâneas?
Acho que sim. Estudei a fabricação das cidades dos séculos 18 e 19 porque queria desenvolver um olhar em direção à cidade de hoje. Esses estudos me deram, então, instrumentos para uma análise urbana, não apenas histórica como geográfica também.
Há sempre um terreno híbrido a se descobrir, então. Qual a razão, por exemplo, do ponto de interrogação após o título da exposição Metrópolis?
É porque não se sabe ao certo o que é uma metrópole.
Mas quem são os protagonistas dessa metrópole? Como se age sobre um terreno tão indefinido e complexo?
Os espaços livres são os grandes protagonistas. Já nos habituamos a analisar a cidade, e a metrópole, por meio do mapa político e das suas construções também, a partir da arquitetura, enfim, mas a ideia é desenvolver o olhar inverso. Ou seja, a proposta é, a partir da vida, das movimentações de pessoas, espaços de encontros, desse novo mapa, criar a vida nas metrópoles. É o tipo de experiência que pretendemos empreender no nosso laboratório de pesquisa lá do escritório.
Há uma arquitetura que não aparece com frequência, que pensa na transformação da cidade. Modesta, mas que transforma o espaço público e permite o refinamento para que se sobressaia a arquitetura fantástica, excepcional
Podemos dizer que a arquitetura, então, perdeu o seu poder transformador, enquanto objeto?
Penso na arquitetura vista globalmente, como um elemento da paisagem. Não apenas no sentido de uma paisagem natural, mas também urbana.
Nesse momento de crise internacional, com ameaças pontuais de dissolução da União Europeia, o que muda, ideologicamente, na atuação dos arquitetos?
Penso que não muda nada. Esta não é uma crise cultural, mas político-econômica. O que importa é pensar que no mapa da Europa há povos, projetos, planos diferentes, de escalas diversas.
Mas é uma crise que coloca em xeque a arquitetura fantástica, da riqueza. Em contraponto, que outra arquitetura há?
Toda uma arquitetura que não aparece com frequência, aquela que pensa na transformação da cidade. Modesta, mas que participa da transformação do quarteirão, do espaço público, dos transportes e, de certa forma, permite o refinamento para que se sobressaia a arquitetura excepcional, fantástica.
Na sua trajetória, quais são os exemplos dessas abordagens arquitetônicas?
A biblioteca de Paris é um exemplo de arquitetura excepcional, que introduziu um novo quarteirão na cidade. Em Berlim, há os projetos do velódromo e da piscina olímpica, que são trabalhos que permitem a colocação em cena de grandes espaços públicos, que costuram espaços completamente isolados. Em Seul, no projeto concebido para a Universidade da Mulher, a ideia de construir uma paisagem, e não um edifício, permitiu abrir a universidade para a vila. Esses projetos não podem ser resumidos através de uma foto de revista, eles trabalham no sentido inverso: o de criação de uma paisagem para se contemplar e viver.
Participar de concursos é uma maneira de exercitar essa linha de pensamento. De que forma se organiza o seu escritório nesse sentido?
O escritório é constituído por muitas equipes, que se encontram em permanente transformação. É um escritório livre, há arquitetos de vários países.
Quantos são?
Somos em 60, em Paris. Há uma diretora de arte, associada, que ajuda nessa tarefa de alinhavar tantos trabalhos. Mas o que garante a qualidade, sendo um escritório tão grande, é que somos essencialmente uma equipe de concepção.
Quais os principais trabalhos em andamento atualmente no seu escritório?
Estamos construindo duas torres em Viena, capital da Áustria, uma com 150 metros de altura e outra com 180 metros. Esta será o edifício mais alto da cidade. Terminamos há pouco de construir uma grande passarela de pedestres em Madri, um projeto formidável, muito simpático, localizado perto da ponte de Toledo. Atualmente também estamos trabalhando muito na Suíça, na Escola Politécnica de Lausanne, no festival de cinema da cidade. Vamos ampliar as áreas e estruturas que acolhem o festival. Por fim, na França estamos desenvolvendo uma porção de trabalhos. Ganhamos recentemente o encargo para reestruturar uma ala do Palácio de Versalhes, que vai acolher o público, abrigará uma sala de chá e outras atividades. É, evidentemente, um projeto de muito prestígio, assim como a renovação que será feita no hipódromo do Prix de l´Arc de Triomphe."

P.S. O endereço deste blog vai ser mudado, em breve, para www.mariliafleury.blogspot.com

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Filantropia

                                              


                                                    Menino do Rio Doce - Ziraldo
Bordados de Ângela Dumont, Antônia Diniz Dumont, Marilu Dumont, Martha Dumont e Sávia Dumont, sobre desenhos de Demóstenes


Tem a ver com decoração? Tem a ver com bom coração? Não necessariamente. Filantropia, do grego, tem o conceito de que nenhum homem pode ser alheio a outro homem. Simples assim. Cada um tem o dever de fazer uma parte, por pequena que seja, para diminuir o sofrimento alheio. Juro que não tem nada a ver com o propalado espírito de Natal. Aliás, esclareço que sou imune a datas específicas para fazer caridade, para rezar, para dar presentes etc. Coincidentemente, trouxe de Brasília uma Revista da Cultura (por que não temos, aqui,  uma Livraria Cultura? Por quê?!), na qual havia uma matéria sobre filantropia. Então, só para motivar, para esclarecer ou informar, cito algumas ações super legais nesse quesito.
Uma delas é a Abre (Associação Brasileira de Redistribuição de Excedentes), que tem à frente Claudia Troncoso, e que distribui em asilos, creches, escola e outras instituições, doações  que vão de azulejos a sorvetes e pizzas. O projeto Ver e Pensar Fotografia, de Sílvio Ribeiro, permite que crianças de escolas estaduais e municipais da capital paraense retratem sua realidade, abrindo discussões sobre alternativas de desenvolvimento. Junto com a mãe, Antônia, as irmãs Marilu, Sávia, Martha e Ângela, bordam os desenhos feitos pelo irmão, Demóstenes, que ilustram livros de autores famosos, como Marina Colasanti, Jorge Amado, Ziraldo, Manoel de Barros... No Instituto de Promoção Social Antônia Dumont, em Pirapora, começaram os cursos de bordado com temas da região, formando, depois,  núcleos em todo o Brasil, com o projeto Bordando o Brasil, no qual se discute também saúde, educação, valorização, profissão e mercado de trabalho. Atualmente, está sendo construído um site para a Rede Solidária de Bordadeiras, no qual serão mostrados todos os produtos confeccionados no Brasil, para compradores interessados, com venda revertida para as associações que participam do projeto. A ideia de Marcos Flávio Azzi, que trabalhava no mercado financeiro, era ajudar com ações junto a instituições, profissionalizando a filantropia, recebendo investidores interessados em ajudar, mas que necessitavam de orientação sobre a idoneidade das instituições.  Daí, surgiu o Instituto Azzi, de planejamento filantrópico e monitoramento de instituições.  Essas ações  mostram que de um interesse sincero e de um esforço comum podem surgir oportunidades de transformação social. Para saber mais, digite abre-excedente.org.br, nucleodefotojornalismo.com.br,matizesbordadosdumont.com voluntariado.org.br e institutoazzi.com.

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domingo, 18 de dezembro de 2011

Guto Requena, o bom design e a sustentabilidade afetiva

Já citei antes Guto Requena, no post  "Rústico e Chique". Pois bem, agora ele pode ser visto no seu programa Nos Trinques, veiculado pelo canal GNT, no qual pretende popularizar o design e defender a sustentabilidade afetiva, estimulando o consumo consciente, a aquisição de móveis e objetos de valor afetivo e o reaproveitamento de peças antigas. Aos 31 anos,  esse talentoso arquiteto mostra que o bom design não é encontrado somente em peças caras e que o brasileiro não precisa copiar modismos estrangeiros. Abaixo, trechos da entrevista na revista DCasa nº 48.

"DCasa - O brasileiro médio é criativo em termos  de decoração ou ainda segue copiando fórmulas estrangeiras?
GR - Um pouco dos dois: o brasileiro acaba copiando e buscando referências internacionais. Mas também há uma brasilidade aflorando a olhos vistos. Nos anos 1990, os irmãos Campana ajudaram muito a despertar a curiosidade e divulgar a criatividade de nosso país lá fora. Agora, a primeira geração pós-Campana está atenta a essa nova brasilidade e se aproveita disso no bom sentido. Muitos designers, arquitetos e decoradores brasileiros conseguem publicar em sites que são referência no mundo, como o dezeen (www.dezeen), yatzar (www.yatzar.com) e designboom (www.designboom.com). Uma das nossas grandes características é o improviso, que usamos histórica e culturalmente. Também temos bossa, o que nos diferencia no cenário mundial. Diria que, no  geral, o brasileiro médio faz o que pode em termos de decoração e design.
DCasa - Como arquiteto, professor e designer de interiores, quais os principais erros que você percebe na casa de seus clientes?
GR - Falta de personalidade, falta de identidade, falta de memória, medo de errar e ousar.O medo não leva a lugar nenhum.
DCasa - O que o seu programa, Nos Trinques, veiculado na tevê a cabo pela GNT acrescenta à cena contemporânea de decoração?
GR - Nos Trinques é uma tentativa de lapidar e descobrir qual é a cara desse novo design brasileiro original. Quem é essa nova geração de bons designers, o que ela faz e o que está falando. O programa também é um resgate do "ser brasileiro", apesar de ser bem paulistano. Pretendemos democratizar o design visitando a rua 25 de março, a rua do Gasômetro e até feiras de rua, para mostrar que o design está muito mais presente em nossas vidas do que imaginamos. É um programa que vai preencher a lacuna do design e também da decoração em diferentes escalas.
DCasa - Existe uma fórmula a ser seguida por quem pretende decorar ou construir sem gastar muito? Qual?
GR - Não há fórmulas; usar a criatividade é o limite. Uma garrafa de vinho pode virar um vaso lindo; uma porta abandonada em uma caçamba de rua pode  virar uma mesa bacana sob um suporte, um quadro mofado da infância pode ficar lindo na sala..A regra é não ter regra. É preciso ser honesto consigo mesmo, trazer identidade para a casa e humor. Erre mesmo, pode ser divertido!
DCasa - A sustentabilidade afetiva e o consumo consciente mudaram o jeito de morar do brasileiro ou ainda não aconteceram junto aos consumidores?
GR - Esse é um processo obrigatório. Aos poucos, os brasileiros começaram a entender que não é moda, e sim uma questão de sobrevivência. Vários prédios já obrigam a coleta seletiva do lixo; as pessoas estão mais atentas ao reuso, ao reaproveitamento.
DCasa - Como não cair em tentações erradas nem escolher peças que não serão substituídas tão facilmente?
GR - Justamente recorrendo ao que chamo de "sustentabilidade afetiva": adquira objetos e móveis que você não vai querer jogar fora amanhã; utilize peças que fazem parte da sua infância, da sua família...E, quando quiser se desfazer de certos produtos, repasse-os para os amigos ou dê uma nova cara a eles por meio de uma reforma. Não escolha peças da moda que não tenham a ver com você. Aliás, não tem nada mais cafona do que uma casa inteira de design. É preciso recontextualizar os móveis, fugir da pasteurização buscando referências emotivas, usar mais cores, planejar uma boa iluminação, escolher coisas práticas...
(...)
DCasa - Está faltando ousadia, criatividade ou bom gosto à arquitetura e ao décor brasileiros?
GR - Bom gosto é algo subjetivo; diria que está  faltando, humor, originalidade, ousadia e parar de copiar/imitar. Chega de ser pretensioso, chega de neoclássico!"

Assino embaixo.

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sábado, 17 de dezembro de 2011

Brincar, aprender, dormir, sonhar...





Um dos meus desejos frustrados e permanentes sempre foi decorar um quarto infantil. Como isso não foi possível com meus filhos, espero poder decorar o dos meus netos. Ou, pelo menos, palpitar bastante sobre a decoração. E, claro que qualquer um com um miniminho de imaginação, bom senso, bom gosto e boa vontade pode fazer um quarto ficar lindinho. Então procure recriar um mundinho no qual seu filho (ou neto, ou sobrinho, ou...) possa brincar sem limitações, sonhar acordado, inventar, construir, refletir. Considere a personalidade da criança, seus interesses, suas necessidades...Inspiração? Basta olhar um rostinho como o da foto acima para imaginar o ambiente perfeito.




Casa e Jardim

Casa e Jardim


Casa e Jardim


Casa e Jardim


Casa  e Decoração

                                                                                 El  Mueble


Interiores
Casa e Jardim

El Mueble Niños



El Meuble Niños


El Mueble Niños


El  Mueble Niños

El Mueble Niños

El Mueble Niños

Quarto de Robledo Costa, na Morar Mais Por Menos 2010

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sábado, 10 de dezembro de 2011

Convite intimista e intimativo


Pedro e eu convidamos para o recital acima. Pelo que vi dos ensaios, vai ser muito legal. E  The Beatles, quem não ama de paixão?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Morar Mais Por Menos - Brasília

Ah, consegui ir na Morar Mais Por Menos - Brasília. Mais clean, mais sóbria, diferente das que tenho visto por aqui. Geniais os bordados da família Dumont. Ver os bordados da Martha Dumont é como vê-la novamente, porque ela é tudo aquilo, toda aquela beleza, todas aquelas cores, todo aquele lirismo visual. Destaque também para as obras de Darlan Rosa, para o Espaço de Eventos Multiúso, de  Joanne Viana e Ana Zerbini,  e para a coleção de puffs-gatos, de Verônica Naves. Não posso deixar de registrar que tenho achado o conceito dessa exposição um tanto quanto equivocado (já comentei isso antes, em relação à daqui) . Morar Mais por menos? Quando é que um pobre mortal, ou melhor, um mortal pobre conseguiria comprar aqueles móveis e objetos caríssimos?

Feliz Natal

House of Turquoise 



Caro Senhor Tempo,
Espero que esta lhe encontre passando bem, ou melhor, passando o mais devagar possível. Por aqui vai-se indo, como o Senhor quer e consente, meio rápido demais para o meu gosto, e quando vi já era dezembro. Foi-se mais um ano. (...) E o Senhor passou voando, rebocou os meus momentos, foi desbotando minhas lembranças, carregou mais doze meses inteiros levando cada instante meu de carona.
(Adriana Falcão, em  O doido da garrafa, Editora Planeta)

Então, já é dezembro e, por mais que a gente queira, não conseguiremos agarrar nem o rabinho do tempo, colocar uma placa de stop, apertar o botão do pause. Então, providencie pelo menos um enfeitinho de Natal; desnecessário mencionar o mais importante, como lembrar do próximo, atentar para o real significado do Natal, porque isso já deve ser feito durante todo o ano. E é tão legal fazer um arranjo bacaninha, ver o resultado, dar uma alegradinha na casa. Use o que você já tem, com algumas variações. Se você já tem uma bota, prenda pastilhas. Improvise uma árvore com galhos, use bastidores de bordar e retalhos, enfeite os lustres com folhas e bolas, faça uma árvore com tela de galinheiro e pendure bichinhos de pelúcia e outros brinquedos, uma guirlanda com forminhas de doces e luzinhas...envolva as crianças na brincadeira, invente. Capricho não custa nada e, acredite, embora a maioria das pessoas afirme que não tem nenhuma criatividade, é tudo questão de começar. Criatividade é uma coisa assim: quanto mais você usa mais você tem. E lute contra o inimigo de qualquer boa ideia: a pressa, o relaxo, o descaso, a preguiça.

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Minha Casa

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Claudia Natal


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