sábado, 30 de outubro de 2010

Exposição - parte II

Só para declarar que amei os quadros do Tolentino, do Malaquias e do Pirandello. Um (unzinho) de cada  já estava bom demais! Em tempo: a exposição continua aberta.

Eleições - segundo turno - palavras soltas ao vento

De novo, o mesmo e inevitável assunto. O que dizer, do alto (ou do baixo?!) da minha magnífica e arquetípica ignorância (ah, Rubem Fonseca, o urbanóide genial!)?  
Bom, a revista Exame publicou uma matéria explicitando a oposição chefe de Estado/chefe de facção, uma coluna da revista Época detalhou o incidente (?), acidente (?), ameaça à democracia brasileira (?) envolvendo o candidato José Serra e eleitores petistas, um eleitor anônimo declarou que talvez, em Goiás, a solução fosse escolher o candidato que tivesse  o melhor jingle, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário propôs que não se votasse em nenhum dos dois candidatos à Presidência; em seu blog, Ricardo Noblat citou a pesquisa da Datafolha, divulgando que a candidata Dilma Rousseff é a preferida entre os eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos (44% do total do país)...e, finalmente, só me resta repetir a antológica exclamação de Macunaíma, o mais famoso anti-heroi (será que anti-heroi ainda tem hífen?!) de todos os tempos: AI, QUE PREGUIÇA!
P.S. E, ainda mais finalmente, a pergunta que não quer calar: Por que é que, em todos os materiais de propaganda, todos os candidatos estão sorrindo? Algum publicitário, ou até mesmo um candidato, poderia me explicar, de forma convincente, os motivos para tanta confiança e otimismo? 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Adesivos (ou tatuagem de parede)

Quem acompanha as exposições de decoração já percebeu que os adesivos estão em alta. Também chamados de tatuagem de parede, eles marcaram presença na Morar Mais por Menos, na Casa Cor e na Ambientar. Nesta última, em profusão, já que o tema era cinema (traduzindo: imagem). Os adesivos são um recurso bem acessível para personalizar portas, paredes, objetos, eletrodomésticos, móveis etc. Você pode usá-los à vontade em casas, hospitais, escolas, empresas...a lista é enorme. Fica bem legal adesivar poemas, frases ou imagens em quartos, salas, cozinhas, portas, corredores, banheiros. Sobre banheiros: os adesivos podem também ser aplicados em banheiros, mas é bom deixar uma janela aberta enquanto o chuveiro é usado; uma boa ventilação contribui para a durabilidade do adesivo, segundo o profissional William, da Útil Sinalização (aliás, um bom projeto arquitetônico pode evitar que o banheiro acumule vapor, livrando você da síndrome do espelho embaçado). Ele também informa que, em áreas externas (como, por exemplo, em exposições de fotos ao ar livre), a adesivagem tem uma garantia de dois anos e que o sol contrai o adesivo, fixando-o ainda mais.  Sobre poemas ou frases: Dai a César o que é de César (ou, simplificando, Reddite ergo quae sunt Caesaris, Caesari et quae sunt Dei Deo). Ou seja, coloque, abaixo, o nome do autor, a não ser que o poema  ou frase estejam adesivados na parede do quarto do autor, como na parede vermelha abaixo (no caso, o quarto da jovem autora Laura Veridiana; guardem esse nome, algo me diz que essa garota ainda vai longe). Os adesivos servem também, obviamente, para sinalizar, mas, se o objetivo é fazer deles uma forma de expressão, procure adesivar aquilo que tem a ver com você (lógico!), que reflita seu estilo de vida e/ou sua personalidade. Explicando melhor: não adesive o Jesus Luz só porque ele é a criança que você queria adotar, só porque ele tem aquele corpão saradíssimo, só porque ele é da cor-de-leite-com-açúcar-queimado, só porque ele tem aqueles olhos verdes matadores, só porque ele tem aquele arzinho blasé petulante e irresistível, só porque... ah, me poupe!

P.S. A quem interessar, os telefones do William, da Útil Sinalização: 96248038.






















domingo, 24 de outubro de 2010

Cozinhas

Casa e jardim


Casa e jardim

Elle

                            Casa e Jardim

As fotos acima mostram que a cozinha não precisa (e nem deve) ser aquele lugar reservado apenas ao preparo das refeições diárias. Assim como você se permite inovações gastronômicas, você pode ousar na decoração da cozinha. Os adesivos são uma alternativa para dar graça a simples azulejos brancos. E por que não uma mesa e cadeira vermelhas? (foto 1); a modernidade dos equipamentos serve de contraponto para o piso grafitado e protegido com resina da Resinfloor (foto 2); o clima meio industrial é atenuado pela rusticidade da mesa de madeira (foto 3) e pelo quadro-negro (item lúdico que tem marcado presença em portas e em quartos infantis); e a última cozinha é um exemplo de que como as misturas de azulejos, de estampas e de pendentes resultam numa originalidade harmoniosa (foto 4).
Você pode misturar vários tipos de louça, utilizar em sua mesa cadeiras de modelos diferentes, revesti-las com diferentes padrões de tecido, lançar mão de adesivos, colorir o seu piso, colocar quadros ou fotos na parede, usar uma mesa rústica com cadeiras modernas...enfim, as possibilidades são inúmeras. Bom senso é a palavra de ordem. Uma mesa rústica que apresente desgastes feitos pelo tempo não deve ser sinônimo de  móvel estragado, mal conservado. Conserte o que precisar de conserto e...envelheçam juntas. Ao misturar cores e modelos diferentes de tecidos, lustres e mobiliário, lembre-se que essas misturas são verdadeiras alquimias, é preciso saber o que combinar e o que descombinar. Observe que a (aparente) descombinação deve ser harmoniosa. Veja se as cores conversam, se elas ficam bem juntas. Ouse. Teste. Combinações inusitadas podem ser muito felizes. Algumas (como verde-bandeira e terracota...argh!) dificilmente encontrarão aceitação, mas...
Mude, leve objetos da sala para a cozinha e vice-versa. Confesso que ando louca para colocar uma bandeja de cerâmica azul-turquesa na parede da sala e levar um espelho para a cozinha. Mudanças, quando bem feitas, imprimem personalidade ao ambiente e, assim como outros ambientes de sua casa, a cozinha pode ser um lugar aconchegante e descontraído. Em tempo: Como ainda não sei colocar links, aproveito este texto (que tem tudo a ver) para sugerir o site http://www.saboresdeportugal.com.br/ (http://www.portocave.com/) para os amantes da boa  (ou melhor, ótima) gastronomia.

P.S. O endereço deste blog vai ser mudado, em breve, para www.mariliafleury.blogspot.com

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Chic

    Nunca o termo ‘chique’ foi tão usado para qualificar pessoas como atualmente. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa recheado de grifes importadas. Muito mais que um belo carro alemão. O que faz uma pessoa chique não é o que uma pessoa tem, mas a forma como ela se comporta.
            Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas ou com seus imensos decotes. Mas que, sem querer atrai todos os olhares, porque tem brilho próprio. Chique mesmo é quem é discreto, não faz perguntas inoportunas nem procura saber o que não é da sua conta. Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e abominar a mania de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É se lembrar do aniversário dos amigos. Chique mesmo é não se exceder nunca .  Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar no olho de seu interlocutor. É ‘desligar o radar’ quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia.
    Chique mesmo é honrar a sua palavra. É ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios. Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, mas ficar feliz ao ser prestigiado. Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre do quanto que a vida é breve e de que vamos todos para o mesmo lugar. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes que encontrar em seu caminho, não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem. Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!”
(Trecho do livro A quem interessar possa, de Gilka Aria.)

O texto que abre este post foi encaminhado pelo meu amigo Neyton Guimarães Rosa (arquiteto e cosmopolita antenadíssimo).Gostei, mudei uma palavrinha ou outra para deixá-lo mais claro, sem prejudicar o sentido. Embora concorde com autora quando ela diz que, infelizmente, a elegância não pode ser comprada (uma amiga traduz essa afirmativa de forma mais cabal, com o ditado Cachorro não senta em banco, e não posso deixar de imaginar um cachorro tentando se sentar em um banco, equilibrado, com as costas eretas, as perninhas cruzadas, o pescoço esticado, entenderam o espírito da coisa?), acho que algumas atitudes podem ser aprendidas com a observação atenta e contínua de pessoas que consideramos bons exemplos de elegância.
Quanto a não se exceder nunca, acho altamente recomendável, mas nem sempre possível. De qualquer forma, tente, conte até mil, apele para a Santa Costanza Pascolato, lembre-se do Dalai Lama, da madre Teresa de Calcutá e de outras personalidades que primam (ou primaram) pela paciência e pela resignação. Se, esgotados todos esses recursos, você não conseguir se conter, conforme-se com o fato de que a civilidade nem sempre é possível em determinadas ocasiões. E, já que a coisa desandou, que seja em grande estilo: bata, berre, babe, arranhe, se descabele, se atire no chão; depois, se recomponha elegantemente e alegue um surto psicótico.
Acrescento, ainda, que o caráter também não pode ser comprado, e é um acessório indispensável da elegância. Estilo também. É triste, mas verdadeiro. Caráter: ou você tem, ou você não tem. Estilo: ou você tem, ou você não tem.
Concluindo, acho que, intuitivamente, a maioria das pessoas sabe que ser chic é uma coisa para poucos, dificílima de alcançar, que implica todas as atitudes citadas no texto, senão por que ficam com as carinhas mais lampeiras do mundo quando a gente diz Como você é chique?

P.S. O endereço deste blog vai ser mudado, em breve, para www.mariliafleury.blogspot.com





   

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As cozinhas frustradas e a voz do Wagner Moura

Não era nada disso. Tentei desesperadamente colocar algumas fotos de cozinhas e escrever um pequeno texto a respeito, mas em vão. Aparecia sempre um aviso de "servidor rejeitado" e, caramba, eu lá sei o que é isso? Até o final da semana, devo conseguir postar fotos escaneadas; já consegui escanear, mas não consigo colocá-las aqui (mas, pelo menos, como vocês já devem ter observado, a margem direita passou de caminho de cobra para uma retona para o estado do Tocantins). Então aproveito o ensejo (sim, esta palavra ainda existe) para sugerir (ou melhor, intimar) os cinéfilos a assistirem a Tropa de Elite 2. A melhor opção é ir durante a semana (as filas, nos finais de semana, são beeem longas). O filme é totalmente demais, com as interpretações memoráveis de Wagner Moura e daquela entidade poderosíssima, daquele prodígio do aparelho fonador, daquela epifania denominada A VOZ DO WAGNER MOURA. Melhor parar por aqui. Ou não. Bom, você fica o tempo todo plugado, acontecem revelações tipo Paul Auster, e você sai do cinema refletindo fisoloficamente sobre a infinitude da escrotice humana e abafando (ou realizando) um desejo incontrolável de sair dando porrada (Meu Deus, meu vocabulário hoje está muito baixo nível, mas fazer o quê?) em todos os calhordas do planeta. José Padilha é o cara e, se alguém souber, me responda: onde encontrar o documentário Garapa, do mesmo diretor? E, por Júpiter, o que faz um texto desses num blog sobre decoração?

Este endereço vai ser modificado, em breve, para www.mariliafleury.blogspot.com

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Exposição

Contratempos, falta de tempo, problemas domésticos, problemas absurdos, maquiavélicos, ridículos e desprezíveis...no meio disso, fico sabendo da abertura da exposição de surrealistas na Catedral das Artes (Rua Campo Verde, esquina com Serradourada, Setor Santa Genoveva), dia 29 de outubro, às 20:00 horas, organizada pelo meu bom, velho e honesto (coisa raríssima hoje em dia)  amigo Noé Luiz (além de tudo, um super artista). Enfim...prestigiem, ok?
Oh, presentes, presentes, presentes!!! Não quero que fiquem verdinhos (ou vermelhinhos...ou amarelinhos...ou lilás, ou...) de inveja, mas a verdade é que raramente chego ao final de uma semana sem presentes. No meio de outros objetos, a boa e jovem (e também honesta) Sílvia me deu um livro do Hopper (ela tem a mania de comprar as coisas em duplicata, não é bem uma mania, ela compra, se esquece, e compra novamente; devo frisar que acho isso profundamente salutar, charmoso, chic... e filantrópico, of course). Nessa, dois livros iguais do Edward Hopper. Minha filha Laura já havia me dado uma agenda com reproduções do Hopper, e foi amor à primeira vista (e à segunda, e à terceira, e...) Hopper: você olha, e não sabe definir esses quadros que parecem fotos, que lembram filme noir, que evocam uma intimidade cotidiana/urbana, e uma solidão...uma solidão, assim, solidão de metrópole, de pessoas sós juntas, de pessoas sós sós, incomunicáveis, incomunicadas (?), cheios de sol e sombra (esse sol e essa sombra, fora de nós e dentros de nós, misturados, inseparáveis). Olha eu aqui, tentando definir o indefínivel. (Ah, essa obsessão humana de tentar explicar o inexplicável!) Mais simples dizer que Hopper me consola de todo artifício e de todo malefício. Conheçam e comprovem que não exagero. (Não por acaso, o subtítulo do livro é Transformações do Real)
Em tempo: Meu próximo post terá fotos escaneadas no meu escaner, presenteado por um primo. Adorei, estou em lua de mel com o escaner, mesmo sem saber o que fazer com ele. Aguardem!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Autenticidade X Presentes + Estranheza


Princípio primeiro: seja você mesmo (a não ser que você seja um psicopata, um estelionatário, um ladrão; nesses casos, não seja, NUNCA, SOB HIPÓTESE ALGUMA, DE JEITO NENHUM, você mesmo). Ser você mesmo implica (também) se cercar de pessoas e coisas que você aprecia e com as quais se identifica. Feitas estas considerações, chegamos à grave questão existencial: o que fazer com aquele objeto que você ganhou e não tem nada a ver com você, que você não acha bonito e que lhe causa a mesma estranheza que ver uma iguana atravessando a rua em pleno sol do meio-dia? Livre-se dele.Simples assim. Tome essa decisão sem culpa. Nada de se deixar assaltar por dúvidas oportunistas, do tipo: E se a Fulana vier aqui e não vir isso em cima da mesa? (Aliás, desconfie, sempre, do isso. Observe que, na maioria das vezes, ele aparece em contextos, digamos, pouco abonadores.). Questão existencial número dois: Como se livrar do OFE (Objeto Feio e Esquisito)? Lembre-se desta grande vantagem: as pessoas são diferentes (traduzindo: quem ama o feio, bonito lhe parece). Doe. Alguém (?!), com certeza, apreciará acolher o rejeitado OFE em seu lar. Outro fato a se considerar é que acidentes acontecem. E para que é mesmo que existem a labirintite e o delirium tremens? Você apanha o OFE com cuidado (para limpar, claro), bate aquela tontura ou sua mão treme e...Ops, acode aqui, Maria! A culpa não foi sua, claro. Agora, se você tiver presenteado alguém com um objeto decorativo e, posteriormente, houver uma modificação na decoração e o objeto não combinar com o ambiente, não se ressinta ao perceber que seu presente desapareceu misteriosamente. É fato público e notório que uma cozinha sofisticada, clean e toda branquinha não combina com um porta-chaves rústico (de madeira patinada, com galinhas ou porquinhos, ou pintinhos, ou...). Seja magnânimo, perdoe e aprenda com a experiência: na próxima vez, presenteie com um objeto mais tendencioso, ou seja, capaz de acompanhar várias tendências. Simples assim. Capítulo dois: doações. Não aceite aquilo que você não gosta. Esqueça o falso ditado A cavalo dado não se olham os dentes. Falso, mentiroso e vil. Como aproveitadora contumaz, costumo (a redundância me persegue!) selecionar o que recebo, excluindo roupas e objetos beges, remendados com durepox (ou durepóxi? ou durepóx?), cinzas e quetais (ok, mãe, eu sei que que tais é separado, mas quetais é mais expressivo). Lição de hoje: doe, perdoe, selecione, aceite que acidentes são inevitáveis. Simples assim.

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domingo, 3 de outubro de 2010

É dia de eleição!

"Mulher laranja, humorista analfabeto e jogador de futebol aposentado são alguns ingredientes de nosso circo eleitoral. Poderíamos rir, se não fôssemos co-protagonistas dessa tragédia burlesca." (Ruth de Aquino, na coluna Nossa Antena, da revista Época de 4 de outubro de 2010.)


Embora este blog se destine a falar sobre moradias, ambientes, itens de decoração (além de divulgar meu trabalho e minha loja, na qual, diga-se de passagem, tenho me sentido a própria Marianne Sägebretch no filme Bagdad Café) e, com certa parcimônia, de minhas vastas impressões e pensamentos inconclusos (brincadeira!), é inevitável comentar este assunto. Ao longo da semana, muitas pessoas, ao lado de bom dia e bom trabalho, me desejaram boa eleição. O que seria, no frigir dos ovos, uma boa eleição? Na minha opinião pessoal (olha a redundância aí, gente!), uma boa eleição consiste em não se deixar levar pelo pensamento corrente de que político é tudo ladrão, a gente tem que escolher o menos pior, no fim, vai continuar tudo igual mesmo. Os fatos nos mostram que essas opiniões tem (muito) fundamento. Mas, por outro lado, é indiscutível a existência de pessoas honestas, confiáveis, preocupadas com o bem-estar do próximo; pessoas que não roubam, não mentem e não abrem mão de seus ideais por causa do vil metal. Sem que ninguém me pergunte, me incluo modestamente neste contingente, o que reforça minha convicção. Hoje, ao fazer minha caminhada, escutei a seguinte pérola: Já votei (?), anulei tudo, bandido por bandido, voto em mim mesmo, aliás, vou ser candidado a vereador na próxima eleição. Outro enunciado marcante (em rede nacional) foi Vou defender aquela corrupção! (Teria sido mesmo um ato falho??!!!).
Dicas para uma boa eleição:
Não dê ouvidos a frases mirabolantes, fantasiosas e populistas.
Procure se inteirar sobre o passado (e o presente também) do seu candidato.
Não se prenda a partidos (independente de você ser simpatizante a determinado partido, pense, sobretudo, no candidato; observe seu comportamento público e privado, essas duas instâncias são inseparáveis).
Não deixe de votar no candidato que escolheu apenas porque "ele não vai ganhar mesmo".
Esqueça as vantagens materiais que poderá auferir caso seu candidato vença as eleições. A utilidade pública do político, ao contrário do que muitos acreditam, não é arrumar empregos ou cavar promoções.
E finalmente, analise, pondere, desconfie... enfim, não seja inocente. Woody Allen, ao tempo de seu romance com  Diane Keaton, criticava a ingenuidade da amada, dizendo que ela acreditava que o rádio funcionava porque havia um monte de gente pequenininha lá dentro. Quer definição melhor de ingenuidade?

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sábado, 2 de outubro de 2010

Amigos, amigos, compañeros de mi vida e suas...hum...lembrancinhas


Você, certamente, tem amigos que viajam e não conseguem resistir à tentação de presenteá-lo com lembrancinhas. Dentre as mais comuns, cito a Torre Eiffel (alguns fabricantes insistem em gravar o nome nas peças, será mesmo necessário?), o Recuerdos de Ypacaraí, o Manekken Pis (o garotinho belga com o pichulé de fora, fazendo xixi), o Arco do Triunfo, a Estátua da Liberdade. Caso você se encontre no pólo oposto e não consiga resistir à famigerada (atenção: famigerada não significa cruel, mas, simplesmente, famosa) atitude, pare e pense: Onde o presenteado poderá guardar ou expor a inestimável lembrança? Ele terá, em seu lar, um lugar especial para a lembrancinha? Claro que, em seu coração, ele guardará sempre um lugarzinho especial com os dizeres "O que vale mesmo é a intenção". Será mesmo necessário (e inevitável ) trazer uma lembrancinha para os parentes, amigos, vizinhos, porteiros? Pode parecer pretensão minha, mas tenho quase certeza que eles não se sentirão mortalmente ofendidos caso você volte de mãos abanando. Caso você, movida pelo carinho e pela boa vontade, resolva presentear aqueles que lhe são caros, pense em algo que possa ser útil, não seja pesado (você não quer pagar excesso de bagagem, quer?), e que não possa ser encontrado (pelo menos não tão facilmente) na cidade onde mora. Se você se encontra na condição de receptor, uma alternativa é formar uma coleção, colocando as lembrancinhas em caixinhas pintadas fixadas na parede (uma boa loja de molduras dá conta do recado) ou agrupando-as em uma prateleira ou aparador. Fica charmoso e suas gavetas respiram aliviadas.
P.S. Viajando para certa praia nordestina, não adquira para  presentear (muito menos para usar) uma camiseta com os dizeres Doei todos os meus órgãos, mas guardei este para você, com uma seta apontando você-sabe-muito-bem-para-onde. Terrível. Melhor nem comentar.