sexta-feira, 6 de junho de 2014

Casa Cor 2014

                                                                                   (Foto de Sílvia de Souza)


Ainda faltam alguns dias para terminar, a questão é que demorei a ir, porque uma amiga estava viajando e ficamos esperando a volta dela, que acabou não indo. Mas, dessa vez, estive por lá enquanto as casas eram reformadas, e vi muita coisa acontecendo. E, surpresa: que transformação! O piso da bilheteria, de cimento, é maravilhoso, numa combinação bem acertada com os bancos. O apartamento da IBM é perfeito, com tudo o que um apartamento precisa ter e móveis e objetos bacanérrimos de brinde (brinde é maneira de dizer, ok?). O quarto do rapaz, modernão e despretensiosamente elegante, é o sonho de muitos rapagões antenados. João Paulo Florentino já se consolidou como paisagista, num estilo criativo e sustentável. A gaiola/assento da varanda das gaivotas deu um show de expressividade; o Café também está impecável, com direito a jardim vertical, árvore e um banco que sobe teto afora. A K-Chaçaria e Artesanato, com aquele tanto de detalhes e cores, prendem o visitante por longo tempo. Confesso que adoro cores fortes, misturas loucas...A praça também é de todos que passam por ela e se sentam nos bancos ao redor da escultura de ferro e plantas. A sala de tv, super confortável e meio retro, é um capítulo à parte. Pura aventura o quarto do casal explorador, com aquele  banheiro ao lado: propositadamente complementares. A cozinha de Giovanna Guerra é equilibradamente minimalista e calorosa. O studio do aviador é um exemplo de boa composição do sóbrio, elegante e moderno. O espaço gourmet é uma prova de que é possível ser tradicional, moderníssimo, chique, simples e aconchegante ao mesmo tempo. Foi um prazer fazer a instalação para os lustres de Tom Dixon, que combinaram lindamente com o aconchego do ambiente, reforçado pelas panelas e outros objetos em cobre, que remetem ao fogo do fogão à lenha. A gelateria, em amarelo e branco, com iluminação suave, também é perfeita, assim como o sorvete. E quem pensaria em deixar uma viga sem revestir, bem rústica, iluminada por uma cascata de cristais? O azul, que marcava presença em vários ambientes, não deixa dúvida de que ele é unanimidade (nunca escutei ninguém dizer que não gosta de azul). Quem não gostaria de uma casa de campo como aquela? Uma boa sala de leitura é um espaço indispensável para leitores apaixonados, assim como todo artista quer uma varanda daquelas. Para completar, caprichadíssimos  banheiros públicos. Valeu demais a visita. O fato de o espaço ser enorme permitiu uma maior variedade de criação, destacando designers e arquitetos talentosos. Alguns dos artistas que deixaram tudo ainda mais lindo: Marcelo Solá, Pitágoras, Antonio Guerino (ah, por favor, exponha e nos convide!), Rogério Fernandes, Mateus Dutra, Siron, Fabiana Queiroga, Leonan Fleury... (Sugestão: que conste na revista o nome dos artistas e que os fotógrafos assinem as fotos que decoram os ambientes. Achei interessantíssimo um trabalho com um vidro e um adesivo por baixo, mas não foi possível saber de quem era). Se você ainda não foi, corra antes que acabe.

Instalação de Marília Fleury no ambiente de Regina Amaral (foto de Sílvia de Souza)



















2 comentários:

  1. Seu comentário merecia estar na revista (pago) ou no jornal. Consegui ver toda a Casa Cor sem ter ido e ainda tive vontade de ir.

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    1. Obrigada, fico super contente com as suas palavras. Que bom!

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