quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Leo Romano

Leo Romano



MC - Para começar, de onde vem tanta criatividade?
LR - Busquei uma formação ampla, que pudesse conduzir meu caminho para vertentes mais criativas. Além de uma formação madura, fazem parte do meu cotidiano viagens e pesquisas constantes que, somadas a minha inquietude, resultam em trabalhos mais autorais e com mais identidade.

MC - Em projetos residenciais, a sustentabilidade afetiva sempre tem lugar em seus ambientes?
LR - Um projeto de casa deve permitir que os desejos de seus moradores sejam materializados na construção. Esses desejos dão personalidade aos espaços e resultam em ambientes afetivos e, consequentemente, favorecem a felicidade.

MC - De que maneira a sua formação em artes plásticas influencia seu trabalho?
LR - As artes plásticas me despertam sempre o desejo de conceituação do trabalho. Esse é um diferencial primordial para resultados autorais mais consistentes.

MC - A irreverência e o uso de cores vibrantes são aspectos marcantes em seu trabalho. Pode-se concluir que o minimalismo e as cores neutras resultam em ambientes monótonos?
LR - Não. Temos exemplos de trabalhos minimalistas extremamente equilibrados e interessantes. Tenho preferência por uma arquitetura de poucas linhas. Contudo, acredito que internamente os espaços devem ser pessoalizados, levando consigo parte da vida dos seus moradores.

MC - Para você, como seria a casa ideal?
LR - A casa ideal deve expressar os valores daqueles que ali habitam. Nesse sentido, a pluralidade deve ser considerada. Devemos deixar de lado os preconceitos e acreditar que a casa é um dos espaços de maior importância na vida do homem. Para mim, a casa ideal é aquela que transborda felicidade. 

MC - Segundo a trendsetter  Li Edelkoort, existe uma saturação do consumismo desenfreado, que resultaria numa maior demanda por objetos reciclados. Você observa essa tendência na decoração brasileira?
LR - Sim. Existe um volume grande de novos produtos concebidos a partir da reciclagem. A consciência ecológica também contribui para este novo comportamento.

MC - Como você vê o design brasileiro atual?
LR - Pedalamos para suprir um parque industrial ainda pouco tecnológico. Neste sentido, não competimos em pé de igualdade. Isso, ao mesmo tempo, nos faz superar a técnica com ideais mais criativos.

MC - Você aceitaria projetos nos quais você seria limitado por ideais estéticos com os quais você não tem absolutamente nenhuma afinidade?
LR - Acredito que não, mas estou sempre aberto a novas experiências estéticas.

MC - Algum dia os objetos e móveis de design poderão ser acessíveis à classe média baixa, por exemplo? O que torna o design tão caro no Brasil?
LR - Caminhamos neste sentido. Contudo, os impostos no processo de produção e importação tornam o design um produto caro.

MC - Defina sua casa em cinco adjetivos.
LR - Divertida, ampla, alegre, autoral, prática.

Este endereço vai ser mudado para www.mariliafleury.blogspot.com


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