sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Exposição

Contratempos, falta de tempo, problemas domésticos, problemas absurdos, maquiavélicos, ridículos e desprezíveis...no meio disso, fico sabendo da abertura da exposição de surrealistas na Catedral das Artes (Rua Campo Verde, esquina com Serradourada, Setor Santa Genoveva), dia 29 de outubro, às 20:00 horas, organizada pelo meu bom, velho e honesto (coisa raríssima hoje em dia)  amigo Noé Luiz (além de tudo, um super artista). Enfim...prestigiem, ok?
Oh, presentes, presentes, presentes!!! Não quero que fiquem verdinhos (ou vermelhinhos...ou amarelinhos...ou lilás, ou...) de inveja, mas a verdade é que raramente chego ao final de uma semana sem presentes. No meio de outros objetos, a boa e jovem (e também honesta) Sílvia me deu um livro do Hopper (ela tem a mania de comprar as coisas em duplicata, não é bem uma mania, ela compra, se esquece, e compra novamente; devo frisar que acho isso profundamente salutar, charmoso, chic... e filantrópico, of course). Nessa, dois livros iguais do Edward Hopper. Minha filha Laura já havia me dado uma agenda com reproduções do Hopper, e foi amor à primeira vista (e à segunda, e à terceira, e...) Hopper: você olha, e não sabe definir esses quadros que parecem fotos, que lembram filme noir, que evocam uma intimidade cotidiana/urbana, e uma solidão...uma solidão, assim, solidão de metrópole, de pessoas sós juntas, de pessoas sós sós, incomunicáveis, incomunicadas (?), cheios de sol e sombra (esse sol e essa sombra, fora de nós e dentros de nós, misturados, inseparáveis). Olha eu aqui, tentando definir o indefínivel. (Ah, essa obsessão humana de tentar explicar o inexplicável!) Mais simples dizer que Hopper me consola de todo artifício e de todo malefício. Conheçam e comprovem que não exagero. (Não por acaso, o subtítulo do livro é Transformações do Real)
Em tempo: Meu próximo post terá fotos escaneadas no meu escaner, presenteado por um primo. Adorei, estou em lua de mel com o escaner, mesmo sem saber o que fazer com ele. Aguardem!

4 comentários:

  1. não da para não ter invejinha de tão bons presentes e desse seu texto incrivel!

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  2. Só podia vir de uma artista,perfeita por sinal, parabêns pelo blog, está lindo e suas criações nem se fala,sucesso sempre e muita saúde,beijos,Cristina Basso.

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  3. Ah, ah, ah, adorei o seu texto! E que bom que você gostou do Hopper.
    Sílvia

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  4. Querida amiga, conversar com você é sinônimo de aprendizado. Você transborda cultura, além de ter um ótimo senso de homor. Adorei seu bolg! Bjs, Janice

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