domingo, 3 de outubro de 2010

É dia de eleição!

"Mulher laranja, humorista analfabeto e jogador de futebol aposentado são alguns ingredientes de nosso circo eleitoral. Poderíamos rir, se não fôssemos co-protagonistas dessa tragédia burlesca." (Ruth de Aquino, na coluna Nossa Antena, da revista Época de 4 de outubro de 2010.)


Embora este blog se destine a falar sobre moradias, ambientes, itens de decoração (além de divulgar meu trabalho e minha loja, na qual, diga-se de passagem, tenho me sentido a própria Marianne Sägebretch no filme Bagdad Café) e, com certa parcimônia, de minhas vastas impressões e pensamentos inconclusos (brincadeira!), é inevitável comentar este assunto. Ao longo da semana, muitas pessoas, ao lado de bom dia e bom trabalho, me desejaram boa eleição. O que seria, no frigir dos ovos, uma boa eleição? Na minha opinião pessoal (olha a redundância aí, gente!), uma boa eleição consiste em não se deixar levar pelo pensamento corrente de que político é tudo ladrão, a gente tem que escolher o menos pior, no fim, vai continuar tudo igual mesmo. Os fatos nos mostram que essas opiniões tem (muito) fundamento. Mas, por outro lado, é indiscutível a existência de pessoas honestas, confiáveis, preocupadas com o bem-estar do próximo; pessoas que não roubam, não mentem e não abrem mão de seus ideais por causa do vil metal. Sem que ninguém me pergunte, me incluo modestamente neste contingente, o que reforça minha convicção. Hoje, ao fazer minha caminhada, escutei a seguinte pérola: Já votei (?), anulei tudo, bandido por bandido, voto em mim mesmo, aliás, vou ser candidado a vereador na próxima eleição. Outro enunciado marcante (em rede nacional) foi Vou defender aquela corrupção! (Teria sido mesmo um ato falho??!!!).
Dicas para uma boa eleição:
Não dê ouvidos a frases mirabolantes, fantasiosas e populistas.
Procure se inteirar sobre o passado (e o presente também) do seu candidato.
Não se prenda a partidos (independente de você ser simpatizante a determinado partido, pense, sobretudo, no candidato; observe seu comportamento público e privado, essas duas instâncias são inseparáveis).
Não deixe de votar no candidato que escolheu apenas porque "ele não vai ganhar mesmo".
Esqueça as vantagens materiais que poderá auferir caso seu candidato vença as eleições. A utilidade pública do político, ao contrário do que muitos acreditam, não é arrumar empregos ou cavar promoções.
E finalmente, analise, pondere, desconfie... enfim, não seja inocente. Woody Allen, ao tempo de seu romance com  Diane Keaton, criticava a ingenuidade da amada, dizendo que ela acreditava que o rádio funcionava porque havia um monte de gente pequenininha lá dentro. Quer definição melhor de ingenuidade?

Este endereço vai ser modificado, em breve, para www.mariliafleury.blogspot.com

2 comentários:

  1. Olá, Marília!

    Adorei o texto e o blog.

    Acho que já podemos começar a pedir por um "bom segundo turno".

    Um abraço.

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  2. Noooooossa, amei!

    Roberta

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